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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

NADA ESTÁ TÃO RUIM QUE NÃO POSSA PIORAR

A síndrome do pânico não está diretamente relacionada à Tourette, mas alguém com Tourette que desenvolve SP pode viver experiências extremamente angustiantes.

Esta doença está ligada à ansiedade generalizada. A ansiedade é definida como um estado de apreensão ou medo, provocado pela antecipação de uma ameaça, incidente ou situação, sejam elas reais ou imaginárias.

Pois o Deco, um dos colaboradores do blog, viveu essa experiência de combinar as duas síndromes. Do nada, começou a pressentir que iria sofrer um acidente de trânsito. Dono de um carro antigo (portanto, sem seguro), desempregado, cada vez que chegava na garagem para sair com o veículo ele surtava. Tinha todos os tiques possíveis, simultaneamente.

Demorava alguns segundos até conseguir enfiar a chave na ignição (o braço direito se contraía muito) e tinha de se concentrar por longos três, cinco minutos, para ganhar confiança, controlar os tiques e tirar o carro da garagem.

Procurou um neurologista, que lhe prescreveu Sertralina 50mg, uma vez ao dia (ou mais, se o pânico se prolongasse). Essa medicação também é indicada para o tratamento de depressão. Sem emprego há mais de um ano, Deco estava se sentindo no fundo do poço. Continua, mas ao menos com a cabeça erguida.

A Sertralina levou cerca de quatro semanas para começar a fazer efeito (dentro da previsão do médico). Os surtos cessaram. Mas em situações estressantes, como horários de pico ou sob chuva, evita sair de carro. Está medicado há dois meses, mas ainda não se sente à vontade para dirigir sob essas condições.

Certo ele. Prevenção nunca é demais, sobretudo quando se trata de uma arma letal como um automóvel.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu tive um problema parecido, quando tinha 16 anos. Pressenti que iria morrer em acidente. entao, parei de sair de casa. larguei a escola, sem meus pais saberem. fiquei sem sair da porta da frente, nem sol eu peguei mais, pois uma árvore poderia cair sobre mim. eu tinha regras: se eu contasse sobre a piração, eu ia morrer. Ia morrer contando ou nao contando. quando fechava os olhos, via nitidamente um onibus me atropelando. um dia resolvi dar um basta, porque a angustia e a espera pela morte era um terror, nem em sonho eu me livrara. Caiu o maior temporal, em julho aqui no RJ, e resolvi sair p/ morrer. caminhei 3 quadras no meio do temporal. alagou tudo rapidinho, quase deu enchente e eu ali, esperando a morte. coloquei em minha cabeça que se nao morresse aquele dia, nao morreria mais até os 90 anos. e aqui estou. curado, sem remédios, dos 3 meses de panico que desenvolvi.