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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

TEM COMO CONTROLAR ESSA "COISA"?

Tem (ufa! :-D). O tratamento da ST consiste em duas abordagens associadas: o tratamento psicossocial e o farmacológico. Antes de iniciá-lo, deve-se fazer uma avaliação dos tics quanto à localização, frequência, intensidade, complexidade e interferência na vida diária.

O ambiente escolar, familiar, os relacionamentos, os fenômenos associados devem ser investigados e analisados. Faz-se necessário um julgamento criterioso quanto à necessidade de medicação. Até o presente momento, não há tratamento curativo, sendo o medicamento útil no alívio dos sintomas.

Os remédios de maior ação são os neurolépticos, também chamados de antipsicóticos. Mas, como essas medicações têm efeitos colaterais adversos, costuma-se tentar primeiro outras que não são tão eficazes, mas que podem ser bem mais seguras.

Em 60% dos casos, eles são eficazes, mas em 30% é preciso usar os que provocam mais efeitos colaterais. Pode-se, ainda, fazer combinações de medicamentos, dependendo dos problemas associados ao transtorno obsessivo-compulsivo, como tics, hiperatividade, déficit de atenção.

Entre os neurolépticos antigos, o efeito colateral mais grave é o risco alto de discinesia tardia, um transtorno do movimento irreversível na maior parte dos casos. Por isso, nos Estados Unidos, eles deixaram de ser a primeira opção de tratamento medicamentoso.

Atualmente, tenta-se usar neurolépticos atípicos de menor risco. O problema é que se trata de uma medicação muito cara, o que dificulta muito seu uso pela população em geral.

O tempo de resposta ao tratamento é relativo. Há pessoas que apresentam excelente resultado a medicações e o comportamento indesejável desaparece. Em seis meses, estão levando vida normal. Existem casos que não respondem e é necessário trocar de medicação.

Pode-se dizer que 40% deles, os chamados de refratários, não apresentam melhora mesmo depois de terem sido tentadas todas as medicações possíveis. Nesse aspecto, existem linhas de pesquisas em várias áreas tentando descobrir novas técnicas para ajudar esses pacientes refratários.

Há um tipo de cirurgia que interrompe ligação do córtex frontal com as estruturas dos gânglios de base e a estimulação magnética transcraniana, ou seja, a aplicação de ondas magnéticas no cérebro sem necessidade de abri-lo.

Em certos pacientes, algumas horas depois da aplicação, o pensamento obsessivo desaparece, mas infelizmente retorna logo depois. Ou seja, fora a cirurgia por raios gama nos casos de TOC refratário, que tem-se mostrado eficaz em 60% dos casos, há poucas opções não medicamentosas de tratamento.

Em caráter experimental, existe ainda um tratamento com estimulação cerebral profunda (ilustração), que é uma cirurgia invasiva e muito cara, exigindo grande investimento financeiro. O resultado, porém, tem sido bastante significativo (veja a postagem "Intervenção Cirúrgica", abaixo).

Fonte: ASTOC

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