Amigos

Translate

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CONHECENDO O TRANSTORNO DO COLECIONISMO


Já falamos aqui, por altos, sobre o transtorno obsessivo-compulsivo por colecionismo, do qual, até aquele momento, nunca tínhamos ouvido falar. Então, fomos buscar mais informações. Descobrimos que o colecionismo é o hábito de reunir e armazenar grande número de objetos que podem ou não ser úteis. Isto faz com que essas pessoas encontrem dificuldades para descartar coisas que são inúteis.

Segundo a personal organizer Sandra Brack, nossa fonte para este texto,  "não se trata de uma excentricidade ou falha de caráter. Não é preguiça, negligência criminosa ou não entender as responsabilidades da vida. É mais grave e mais dificil de controlar do que imaginamos. De fato, é uma doença neuropsiquiátrica, que pode levar a consequências trágicas.

Infelizmente, no Brasil, não há muitas informações sobre este transtorno. Nos Estados Unidos, uma casa pode ser interditada pelo governo, um pai ou uma mãe podem perder a guarda de seus filhos pela péssima qualidade de vida oferecida a eles, em consequência de um grande acúmulo de objetos e a desordem resultante disso. Basta uma denúncia de um vizinho.

Normalmente, colecionistas compulsivos costumam ter dificuldade para classificar itens,  tomar decisões, não se preocupam se os objetos estão à vista, como uma roupa em cima de uma mesa, no chão, limpa ou suja. Isso vai se empilhando aqui e ali, virando com o tempo uma montanha de lixo perigoso.

Como perigoso? Poeira, bolor, mofo e fezes de roedores comumente encontrados em ambientes de desordem extrema podem resultar em alergias, que por sua vez podem causar irritação, dores de cabeça ou problemas respiratórios. Pessoas idosas podem se ferir ao sofrer uma queda no meio de tanta coisa acumulada.

Com o passar dos anos, o acúmulo atinge um nível tal que a sala e, posteriormente, toda a residência, estão cheias de lixo, tornando-se difícil até se locomover no ambiente.

Outro comportamento encontrado é o acúmulo de comida com datas vencidas, em armários ou geladeiras. Mais um perigo. Na linha de raciocínio de um colecionista, esses alimentos podem ser consumidos.

Muitas vezes, os familiares sentem raiva e ressentimento do comportamento aparentemente inexplicável de um colecionista.

A limpeza forçada é muito arriscada. É comum familiares tentarem resolver o problema de forma escondida ou sem permissão do afetado pela síndrome. Mas não se deve fazer isto sem o acompanhamento de um especialista, psicólogo ou psiquiatra que esteja  tratando da pessoa envolvida (isto é, caso o portador esteja sendo tratado).

Assim como em qualquer outro transtorno psicológico, colecionistas compulsivos não percebem que sofrem de um transtorno, e acreditam que a acumulação é útil e inofensiva. Por isto, dar ciência a ele de que tem um problema é o primeiro passo."

Nenhum comentário: