Amigos

Translate

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

HIPERSEXUALIDADE ASSOCIADA À ST E TOC


Talvez por serem tics raros, de pouca incidência dentro do universo da Tourette, existe pouquíssima literatura em português sobre a coprolalia (falar obscenidades e/ou palavras agressivas) e a copropraxia (fazer gestos obscenos e/ou agressivos) associadas à sexualidade.

Talvez, também, porque a ST é pouco divulgada no Brasil, muitos dos casos que eventualmente existam estejam alijados do convívio social, dada sua natureza de suscitar baixíssima tolerância e compaixão.

Pesquisadores norte-americanos observaram que a coprolalia e copropraxia, junto com o aumento do impulso sexual (hipersexualidade) e das parafilias parecem diferir daquelas de obsessões e compulsões clássicas. Os pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo tipicamente descrevem os sintomas, inclusive as obsessões sexuais, como de origem intrusiva e imprópria.

Há relatos, publicados pelo site Neuropsiconews (de onde tiramos estas informações), de sintomas de hipersexualidade em pacientes portadores de disfunção estriatal, como por exemplo, na doença de Huntington, doença de Wilson e na doença de Parkinson pós-encefalítico.

Além disso, muitos pacientes com doença de Parkinson apresentaram aumento do comportamento sexual depois de tratamento com L-dopa. Como esses tratamentos resultam num aumento da atividade da dopamina, supõe-se que a inervação dopaminérgica do estriado ventral é importante na mediação de comportamentos sexuais.

O aumento do impulso sexual pode ser, ainda, um dos sintomas próprios do episódio maníaco ou outros transtornos psicóticos, sendo possível que alguns sintomas hipersexuais, como a masturbação compulsiva, se associem à depressão.

Muitos episódios com sintomas hipersexuais respondem à farmacoterapia antimaníaca. Os antidepressivos também podem ser úteis em pacientes com hipersexualidade comórbida com transtornos do afeto. Entretanto, é muito discutível que os antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina e os bloqueadores da dopamina sejam eficazes no tratamento de hipersexualidade sem uma aparente base neuropsiquiátrica.

Nenhum comentário: