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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

UM POUCO SOBRE OBSESSÕES


1 - Obsessão de contaminação, seguida de banhos, ou da higiene das mãos, ou atitudes mais esdrúxulas. O objeto temido é difícil de evitar, como o pensamento sobre urina, fezes, contaminação microbiana, feridas, doenças, sujeira em geral e a compulsão envolve banhos e limpeza. Tais pacientes podem autoproduzir escoriações pela forma exagerada com que se lavam e escravizam-se pelo ritual absolutamente rígido do ato de limpeza. Este é o padrão sintomático mais comum.

2 - A obsessão da dúvida seguida da compulsão para verificação é o segundo tipo mais encontradiço. A obsessão de ter negligenciado a prevenção do perigo, como por exemplo, ter deixado o gás aberto, o ferro de passar ligado, a porta da frente destrancada, a torneira aberta, as gavetas e portas semi-abertas, determina complicados mecanismos de verificação e reverificação, obrigando o paciente a voltar várias vezes ao mesmo local. Diversas são as situações onde o indivíduo obsessivo é incomodado por sentimentos de culpa por ter negligenciado alguma coisa, daí a falsa impressão do perfeccionismo e meticulosidade.

3 - Em terceiro lugar vêm os pensamentos obsessivos meramente invasivos de temática extremamente variável; pensamentos libidinosos e obscenos dirigidos a objetos de veneração e respeito (santos, mãe, crianças, filhos), agressões que o indivíduo considera condenável. Por ter consciência destes pérfidos pensamentos habitando o seu psiquismo, a ansiedade experimentada chega a ser insuportável.

4 - A lentidão obsessiva ou pensamento persistente de criteriosa meticulosidade na execução das atividades corriqueiras transformando cada atividade cotidiana numa verdadeira liturgia de perfeição e ordem. As coisas têm que ser feitas de um ou outro jeito e, na dúvida de terem saído imperfeitas, são meticulosamente repetidas. As tarefas do dia-a-dia tornam-se demasiadamente morosas e de realização extremamente complexa e cansativa.

5 - Colecionismo ou hábito de juntar tranqueiras: chama-se colecionismo a grande dificuldade ou incapacidade de descartar objetos usados e/ou inúteis, mesmo se não tiverem valor sentimental. Trata-se de uma atitude compulsiva, portanto, intimamente relacionada aos transtornos do espectro obsessivo-compulsivo.

Algumas espécies animais têm o colecionismo como mecanismos de sobrevivência, portanto, um comportamento inato. O estudo neurofisiológico desse comportamento favorece hipóteses sobre neurocircuitos dopaminérgicos especificamente relacionados ao colecionismo

Além dos transtornos obsessivos, o colecionismo pode estar presente também em outras patologias, como por exemplo, na demência.

Alguns pesquisadores defendem a ideia de que, em casos específicos, o colecionismo deveria ser considerado uma patologia própria e não um sintoma – seria o chamado colecionismo patológico.  Calcula-se que o colecionismo, puro e simples e sem relação com outros sintomas obsessivo-compulsivos, esteja presente em aproximadamente 5% da população.

Fonte: Psiqweb

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