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segunda-feira, 12 de março de 2012

A FAMÍLIA PODE (E DEVE) AJUDAR


Os comportamentos dos pais dirigidos à busca de informações e tratamento para o filho parecem ter um efeito reforçador sobre o comportamento saudável deste. De forma geral, quanto maior o tempo despendido em atividades prazerosas ou produtivas, menor será a gravidade dos sintomas.

Algumas pessoas com tiques crônicos não percebem a presença dos tiques ou sua intensidade. Os pais e a família, orientados por um terapeuta, têm, portanto, o importante papel de ajudar o paciente a observar e descrever a presença dos tiques.

Descrever o sintoma é uma parte do tratamento que o portador de ST precisa fazer. Neste caso, a família deve mostrar e nomear o que está acontecendo, assim como quem está ensinando uma criança a falar. Cabe ao terapeuta melhorar a discriminação do paciente sobre o próprio sintoma e treinar os familiares a fazer o mesmo.

No entanto, algumas pessoas com a síndrome percebem, ainda crianças, que são diferentes das demais. Observam que têm alguma coisa que os outros não têm e precisam de uma explicação para isso. Com essa explicação, a pessoa pode se sentir mais bem compreendida e reagir com maior naturalidade a perguntas feitas fora de casa.

A presença dos sintomas precisa ser tratada como algo natural, sem valor moral, como qualquer outra doença. Essa naturalidade tornará mais fácil o enfrentamento de questões que venham a surgir. A postura da família deve ser norteada pelo binômio "participação e naturalidade".

Fonte: Tiques, cacoetes, síndrome de Tourette, Ana Hounie e Eurípedes Miguel, org.

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