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quarta-feira, 2 de maio de 2012

COMO LUCIANA VENDRAMINI SUPEROU O TOC


A modelo e atriz Luciana Vendramini, que nos anos 80 e 90 povoou os sonhos e fantasias de todos os homens brasileiros depois de posar nua à revista Playboy aos 16 anos, sabe bem o que é viver com TOC. Sua doença a afastou dos palcos, da TV e da vida social. Chegou a pensar que iria ficar louca. Hoje, totalmente recuperada, ela está de volta e conta como superou esse distúrbio.

Os primeiros sintomas que a atriz apresentou foram justamente as manias tão características da doença. “Foi um tsunami na minha vida. Eu lembro exatamente a primeira vez que eu tive uma mania, uma coisa muito esquisita, eu não conseguia deitar enquanto não visse passar três táxis amarelos. Uma bobagem, mas você fica refém. E no outro dia, já vem outra e outra. É um comando mental que te deixa refém, te escraviza”, conta Luciana.

"Eu tive várias manias como: lavar a mão, organizar a roupa, mania de limpeza, pensamentos inclusos, que são aqueles pensamentos ruins que te fazem ficar escrava daquela mania. Tinha que comer de tantas em tantas horas, tinha que atravessar a rua de tal maneira, enfim, vários tipos de compulsões”.

Felizmente, pacientes com TOC podem se tratar com medicamentos e terapia. Em busca de respostas para o que tinha, a atriz resistiu a eles por bastante tempo, e chegou a um quadro difícil. “No meu caso, durante os 5 anos que sofri da doença, eu tive 3 anos de exílio, trancada em casa, pois não tomava remédio naquela época. Claro que foi um momento de teimosia e também por uma questão de buscar a lógica do problema, eu queria entender, mas não tem uma causa, não tem um porquê. Tem várias hipóteses, mas não tem uma coisa definida”, conta.

Depois de anos sofrendo com o problema, chegou às suas mãos um livro que mudaria a sua vida. A autora foi a médica que a trouxe de volta à vida. “Foi aí que começou o grande tratamento de equipe da psiquiatra juntamente com o psicólogo, e eles me ajudaram a superar tudo isso. Eu reagi muito bem no 4º remédio. Em 3 meses, eu já tinha respostas químicas excelentes. Em 1 ano, eu estava ótima, pronta para retomar tudo o que eu havia parado na vida”, comemora.

A família teve um papel fundamental em sua recuperação. "Eram eles quem baixavam minha bola. Minha mãe estava quase pedindo arrego, mas não desistiu. Ficou do meu lado e o tratamento só funcionou bem por causa deles. Foi nesse momento que passei a acreditar no amor incondicional, que pra mim até então era muito poético".

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