Amigos

Translate

segunda-feira, 9 de julho de 2012

REVERSÃO DE HÁBITO PODE AMENIZAR SOFRIMENTO

Nos últimos 25 anos, diversos estudos têm demonstrado que a técnica de reversão de hábito pode ser utilizada tanto em conjunto quanto de forma isolada, com bons resultados. Em alguns casos, a conscientização do tique faz sua ocorrência se tornar uma situação desagradável, o que pode estimular sua supressão. A pessoa pode se engajar na realização de outro comportamento que compete com o tique usando apenas o treino de conscientização.

É preciso deixar claro que o objetivo principal dessa técnica é diminuir a complexidade dos tiques, a fim de que chamem menos atenção e, assim, tornem-se mais adequados no âmbito social. O paciente é instruído com o objetivo de aumentar sua consciência sobre o quadro de tiques, e não eliminá-los por completo. A técnica requer tempo e persistência, o que pode ser estressante e cansativo. O processo, orientado por um terapeuta, é este:

1) Descrever o tique: o terapeuta procura, com a ajuda do paciente, identificar os tiques e descrevê-los do ponto de vista físico. Um espelho pode ajudar na auto-observação;

2) Identificar o tique: em que momentos o tique é emitido. O terapeuta ajuda o paciente até que ele mesmo seja capaz de identificar sua ocorrência;

3) Ficar alerta: nesta etapa, a tarefa do terapeuta é auxiliar na identificação e no reconhecimento do momento anterior ao que o paciente vai emitir um tique. Para isto, é necessário que o paciente já conheça suas próprias sensações, quando antecedem o tique;

4) Conscientização sobre o tique: o paciente deve descrever as pessoas que estão ao seu redor quando da ocorrência dos tiques, bem como os lugares e situações nos quais eles acontecem;

5) Desenvolver um comportamento competitivo ou concorrente com o tique: esse comportamento de competição costuma ser alguma ação corporal, como esticar os braços quando percebe que poderá emitir o tique de dobrar o braço bruscamente;

6) Revisar os comportamentos indesejáveis: identificar os comportamentos que não têm sido adequados às situações cotidianas. Nessa etapa, terapeuta e paciente procuram, juntos, estimular o engajamento em comportamentos concorrentes com os indesejáveis;

7) Enriquecer o suporte social: toda vez que o paciente consegue ficar um tempo sem emitir um tique, o terapeuta ressalta a importância disso ou fornece algo que seja gratificante, como um reforço pelo êxito obtido;

8) Estimular a exposição pública: uma vez conseguido o controle dos tiques, inicia-se a fase de tentar fazer a mesma coisa em situações cotidianas do paciente;

9) Treinar a generalização: o terapeuta programa atividades e exercícios para que o controle dos tiques e comportamentos competitivos ocorram em novos ambientes e com diferentes pessoas.

Fonte: Tiques, cacoetes, síndrome de Tourette, Ana Hounie e Eurípedes Miguel, org.

2 comentários:

Unknown disse...

Eu gostaria de tentar essa terapia para o meu filho.Um psicólogo pode fazer esse tratamento?

Gisele Boing disse...

Sim 41992375058 Gisele TCC