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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

ORIENTAÇÕES A PROFESSORES NA LIDA COM UM ALUNO COM ST



Pergunta: Eu entendo que é preciso ter um cuidado especial com alunos com Tourette. Entretanto, eu tenho que dar atenção ao resto da turma, que geralmente tem 30 alunos ou mais. Como é que eu vou arranjar tempo?

Resposta: A implementação destas sugestões realmente demanda tempo extra. Porém, as pessoas que escolhem o magistério, em geral, o fazem porque querem participar do crescimento e desenvolvimento de crianças. Este desejo de ajudar as crianças é especialmente importante para a criança com a ST. Além disso, se você refletir sobre todo o tempo que você já gastou tentando achar valida a adoção de algumas destas sugestões. A longo prazo, você pode poupar tempo e diminuir o seu estresse e o da criança ao criar uma situação onde a criança tenha uma chance de progredir.

Pergunta: O que eu devo fazer se achar que uma criança na minha turma tem a ST?

Resposta: È importante informar aos pais. Além disso, você pode nos contatar por carta.

Pergunta: Se uma criança tem a ST, esse distúrbio irá necessariamente piorar com o tempo?

Resposta: Embora estejamos apenas começando a estudar o curso natural deste distúrbio, já existem algumas informações. A ST não é degenerativa. Após o surgimento dos tiques na infância, os sintomas podem se acentuar até certo ponto e depois mudar com o tempo. Entretanto, a maioria dos pais e crianças com a ST relata uma estabilização dos sintomas com um quadro de melhora ou desaparecimento ao término da adolescência. Até o presente momento, não se sabe apontar que alunos apresentarão esse progresso.

Pergunta: Há uma criança na minha turma cujos pais dizem ter ST. Eu não observei todos os sintomas que eles descrevem. Será que eles estão inventando?

Resposta: Não, não estão. As crianças podem suprimir os tiques por períodos de tempo variáveis. Geralmente elas fazem isso na escola para não serem ridicularizadas pelos colegas. Em casa, os tiques se manifestam com mais intensidade. Infelizmente, a criança, ao suprimir os tiques na escola, deixa de se concentrar em seus estudos.

Pergunta: Uma criança na minha turma toma remédios para a ST. Ela frequentemente parece “desligada” e até mesmo já dormiu em aula. O que devo fazer?

Resposta: Não deixe de informar aos pais. O professor é, via de regra, o melhor observador dos problemas e dos efeitos da medicação. Como parte da equipe de tratamento, o valor de suas observações é incalculável. A criança tem que conseguir funcionar efetivamente na escola para se considerar a intervenção medicamentosa válida.

Pergunta: Eu não consigo, muitas vezes, distinguir tiques de comportamentos propositais em uma criança da minha turma. Como posso fazê-lo?

Resposta: Você está em boa companhia. Até mesmo um grupo internacional de experts no assunto não estaria totalmente de acordo sobre o que é um cacoete e o que é simplesmente um problema de comportamento. Os pais também encontram esta mesma dificuldade. A melhor coisa a fazer é conversar com os pais e médicos da criança e ver se eles ajudam você a decidir. Uma conversa com o aluno pode ser proveitosa. Se o aluno relatar uma compulsão para fazer alguma coisa pode ser que seja a ST. Isso não significa que você tenha que aceitar um comportamento socialmente intolerável. O aluno pode necessitar de uma assistência médica ou outros profissionais familiarizados com a ST a fim de lidar com estes problemas. Enquanto isso se lembre que a raiva e punição são contraproducentes. Um lugar seguro, onde os tiques possam ser descarregados, pode ser necessário algumas vezes, mas esta medida não é a solução completa do dilema.

Pergunta: Eu tenho um aluno com a ST em minha turma e tenho encontrado dificuldades em lidar com seu comportamento. Frequentemente, converso com os seus pais. Entretanto, toda vez que eu tento conversar, eles parecem muito aborrecidos comigo e dão a entender que os problemas do aluno são culpa minha. O que eu devo fazer?

Resposta: Tente lembrar-se que os pais estão tão frustrados quanto você a respeito desses problemas e eles estão ainda mais chateados por ser o filho deles. Eles vêem você como um expert em crianças e esperam que você seja paciente e compreensivo, embora muitas vezes fora da realidade, eles esperam que você possa resolver o que eles não podem. Além disso, eles sabem que a criança está sofrendo e querem protegê-la de qualquer estresse ou ameaça. Finalmente, os pais de alunos com a ST frequentemente já tiveram a experiência de que os outros não acreditam neles e não entendem as necessidades de seus filhos. Portanto, às vezes, eles podem ficar um pouco nervosos e discutir com você. Se isso acontecer, tente expressar suas preocupações e frustração em colocar culpa neles ou na criança.

Fonte: Astoc

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