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quinta-feira, 23 de maio de 2013

COMO SÃO OS ADULTOS COM TOURETTE



Estudos indicam que adultos que persistem com tiques consideram que os vocais são os mais perturbadores que os motores, e que, embora o impacto dos tiques em suas vidas persista, é moderado.

Um estudo que entrevistou 58 adultos com Tourette encontrou que 80% eram do sexo masculino, com idades entre 19 e 55 anos, 62% eram solteiros, 36% casados e 2% divorciados. Em relação ao nível educacional, 21% tinham ido à universidade e somente 10% tinham concluído apenas o ensino fundamental, enquanto o restante havia alcançado ou concluído o ensino médio. Em relação a emprego, apenas 7% estavam desempregados.

Dessa amostra, 57% tinham apresentado os tiques inicialmente entre os 7 e os 11 anos, 30% antes dos 6 anos e 12% depois dos 12 anos de idade. Quando questionados se haviam melhorado com o passar do tempo, 53% disseram que sim, 22%, que pioraram e 24%, que se mantiveram do mesmo modo. A idade média em que os tiques começaram a melhorar foi 17,5 anos. Dos pacientes entrevistados, 50% estavam em tratamento medicamentoso para tiques.

Há pouquíssimos estudos sobre pessoas cujos tiques se manifestaram pela primeira vez na fase adulta. No entanto, há registros de casos de transtornos de tiques com características de ST com início entre os 18 e 52 anos. Não está claro, porém, se esses casos tinham uma predisposição genética e desenvolveram tiques após um fator ambiental (50% tinham um familiar afetado) ou se eram secundários ao fator ambiental (infecções, trauma físico ou psicológico, exposição a drogas lícitas ou ilícitas).

Um estudo norte-americano com 43 pacientes com ST encontrou que 18% deles haviam iniciado os tiques após os 18 anos de idade. Além disso, aqueles cujo quadro havia iniciado na fase adulta tinham mais tiques faciais e de tronco, enquanto os com tiques iniciados quando eram mais jovens tinham mais tiques fônicos e de extremidades.

A frequência de depressão e transtornos por uso de substâncias também é maior em adultos com ST, o que reforça a necessidade de se tratar o quadro o quanto antes, a fim de evitar esse desfecho indesejável.

Fonte: Tiques, cacoetes, síndrome de Tourette, Ana Hounie e Eurípedes Miguel, org.

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