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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A FISIOTERAPIA COMO AUXILIAR NO TRATAMENTO DA TOURETTE


Do ponto de vista corporal, pacientes com ST apresentam desconforto, dores e lesões musculares e deslocamentos ou dores nas articulações. As bases neurofisiológicas dos tiques crônicos envolvem uma forte atividade nos gânglios da base, no córtex pré-frontal e nas regiões paralímbicas e um aumento de atividade nas regiões motoras corticais, incluindo a área motora suplementar e o córtex pré-motor. Os gânglios da base também são responsáveis pelo controle postural.

Em uma pesquisa sobre problemas de postura em pacientes com ST, pesquisadores sugerem que anomalias desse controle podem estar presentes nesses pacientes. Uma das hipóteses implica a dificuldade na integração sensório-motora, ou seja, dificuldade em corrigir o deslocamento da massa corporal utilizando informações sensoriais. Mais ainda, esses pacientes podem demonstrar a mesma dificuldade em outros contextos, como força excessiva ao pegar objetos, o que sugere um descontrole na habilidade em transformar informações sensoriais em respostas motoras adequadas.

Todo movimento é executado por meio de distensão e retração musculares. A função da fisioterapia é possibilitar que o portador de ST tenha a consciência física dos músculos (propriocepção) que envolvem os tiques motores para que aprenda a controlá-los por meio dos músculos antagônicos.

A fisioterapia também pode auxiliar no tratamento dos tiques vocais mediante controle dos processos respiratórios. Outra vantagem é que proporciona relaxamento dos músculos, amenizando as dores causadas pela sobrecarga muscular causada pelos tiques.

Fonte: Tiques, cacoetes, síndrome de Tourette, Ana Hounie e Eurípedes Miguel, org.

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