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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

UM POUCO SOBRE FENÔMENOS SENSORIAIS


Este é o nome dado às sensações premonitórias da ocorrência de um tic, por vezes desconfortáveis, que aliviam com o movimento. Algumas pessoas podem ter de realizar os tics até obter a sensação de estar satisfeitas. Estão divididos em dois grupos:

- sensações corporais: sentidas em todo o corpo ou em locais específicos, que ocorrem antes do comportamento repetitivo (que pode ser um tic ou um ritual compulsivo). As sensações corporais podem ser percebidas na pele, nos músculos, nos ossos ou em órgãos do corpo:

 - sensações mentais: percepções desconfortáveis e sem um local específico, que ocorrem antes ou enquanto o paciente realiza os comportamentos repetitivos. São divididas em algumas categorias:

a) sensação de "ter que": impulso para realizar os comportamentos repetitivos, como uma força que impulsiona, sem estar acompanhado de nenhum pensamento, medo, preocupação ou sensação no corpo;

b) energia: sensação de pressão ou tensão interna sem um foco definido, como um "vulcão entrando em erupção", que precisa ser descarregada;

c) sensação de não estar completo, de caráter interno de que está faltando alguma coisa na própria pessoa, de que não está "perfeito" ou "suficiente", fazendo com que a pessoa realize os comportamentos repetitivos;

d) percepção de não "estar em ordem" ou não "estar suficiente", que é a percepção ou sensação de que algo não está em ordem, levando à realização de comportamentos repetitivos até que o indivíduo se sinta em ordem ou sinta que o que fez está suficiente. Para muitos pacientes, essa sensação está relacionada a visão, audição, tato ou outros sentidos. Exemplo: a aparência das coisas, um barulho que as coisas fazem ou ter uma determinada sensação ao tocar um objeto.

Esses fenômenos podem anteceder outros comportamentos repetitivos que, quando realizados de forma intencional, são chamados de compulsões ou rituais. Esse é um dos sintomas característicos do TOC.

Fonte: Tiques, cacoetes, síndrome de Tourette, Ana Hounie e Eurípedes Miguel, org.

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