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terça-feira, 16 de julho de 2013

HIPERFOCO, O LADO BOM DA TDAH


Auber, nosso colaborador, já sofreu em grau relativamente alto de TDAH, "mas sem o H - de hiperatividade -" ressalta, quando mais jovem. Hoje, aos 45 anos, os sintomas praticamente desapareceram, exceto por um detalhe: o hiperfoco.

Ele diz que é comum entre os portadores do transtorno concentrarem-se de tal forma em algo que lhe desperte muita atenção que se é capaz de ignorar o que se passa à volta. Com bastante treinamento de concentração, é possível ativar voluntariamente o chamado hiperfoco para realizar uma atividade importante.

O próprio Auber descreve uma situação que lhe ocorreu há alguns anos, que exemplifica o que é o hiperfoco:

"Gosto muito de ler e, em meu apartamento, o faço preferencialmente na sacada, deitado na rede. Fico horas a fio ali, recostado, entretido com as palavras.

Certa vez, estava lendo um jornal aqui de Porto Alegre e me chamou a atenção um acidente terrível que ocorrera na cidade: um microônibus teve um problema mecânico, numa descida, cruzou para a pista contrária, atingiu de frente um automóvel, bateu em outro, estacionado, e capotou sobre a calçada. Felizmente, ninguém se feriu com gravidade. Mas a coisa toda foi muito grande.

Ao ver o texto, percebi que o acidente acontecera na rua onde moro. Observando os detalhes da foto, vi que tinha ocorrido na frente do meu prédio, bem embaixo da sacada (moro no 5º andar).

Mas o choque mesmo se deu quando vi o horário do acidente: exatamente o mesmo em que eu estava deitado na rede, lendo. A muvuca toda aconteceu a uma centena de metros de mim e eu não percebi coisa alguma!!!"

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