O TOC é quatro a cinco vezes mais comum entre familiares do que na população em geral. Isso sugere um fator familiar na sua origem. Tal fator pode ser o ambiente ou a genética. Em gêmeos idênticos, observou-se que a concordância (ambos apresentando o transtorno) é muito elevada, podendo chegar a mais de 80%.
Além disso, a ocorrência de tiques em familiares de portadores, também é mais elevada. Esses dois aspectos constituem evidências da possível influência de um componente genético na etiologia da doença.
Entretanto estudos mais recentes têm apresentado resultados controversos quanto a essa possível transmissão, e a forma como ocorre. Para tornar a questão ainda mais complexa é importante sempre lembrar que o TOC é um transtorno bastante heterogêneo, e é possível ainda que a herança seja distinta para as diferentes apresentações.
O fato de haver mais de um familiar comprometido, especialmente quando se trata de alguém que está em uma posição de grande influência sobre os demais membros da família como pai, mãe ou avô, além de sugerir um possível fator de ordem genética, sugere também influências ambientais: os rituais do TOC e as crenças distorcidas que o caracterizam poderiam ter sido adquiridos (aprendidos) por influência dessas pessoas, como comentamos na introdução.
Fonte: UFRGS (TOC)
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