Me desesperei com a reportagem, não vi com bons olhos, senti só a dor e o medo pelo meu filho. Odiei a Tourette só pelo fato de ter a possibilidade de chegar ali.
Tantos anos depois, me acostumei com o nome e consigo estudar a DBS. Procurei entendê-la, mas não quero precisar enfrentá-la.
DBS vem de Deep Brain Stimulation, ou seja, estimulação cerebral profunda que, segundo a revista Psique, foi introduzida na prática neurocirúrgica na década de 1980 para tratamento de movimentos anormais, principalmente Parkinson.
O método a cada dia vem sendo aprimorado e outros transtornos neuropsiquiátricos também foram beneficiados, como o TOC e a nossa amiga Tourette. Esclareço que foi usada a DBS em casos totalmente resistentes a qualquer outra modalidade de tratamento.
E o que é DBS? É um método em que se insere um eletrodo no crânio através de um pequeno orifício, sob anestesia local. Quando o eletrodo está no alvo, ele é ligado a um pequeno gerador que é implantado na parte superior do torax, sob a pele (respirei). Só para que se entenda melhor, funciona como um marcapasso; envia corrente elétrica ao eletrodo.
A estimulação cerebral profunda ainda é muito discutida e vem sendo bem estuda , avaliada e criticada.
Para mim, leiga no assunto, apenas informada, o que fica da DBS é o mais importante, nós, familiares, portadores de Tourette, TOC, depressão e outros, não fomos abandonados pelos cientistas, médicos, estudiosos, enfim, não fomos abandonados pela ciência.
A cada dia vejo medicamentos novos, estudos. Existe um avanço. Agora abro meus sentidos para a DBS e qualquer outra coisa testada e bem avaliada que nos auxilie nessa caminhada."
Um comentário:
Chegou a fazer a operação?
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