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terça-feira, 15 de novembro de 2011

(continuação) LIDANDO COM PROBLEMAS DE ESCRITA

Uma percentagem significativa de crianças com a ST também possui problemas de integração visuo-motor. Portanto, tarefas que exijam que esses alunos visualizem, processem e escrevam também prejudica a cópia da lousa ou de um livro, a execução de longas tarefas escritas e a apresentação de trabalhos escritos.

Algumas vezes, pode parecer que o aluno é preguiçoso ou “enrolador”, mas, na verdade, o esforço para colocar a tarefa no papel é massacrante para esses alunos.

Modifique as tarefas escritas permitindo que:

- A criança execute problemas alternados de uma página do livro de aritmética;

- A criança apresenta os seus trabalhos oralmente;

- Um familiar ou outro adulto atue como uma “secretária”, de modo que o aluno possa ditar suas ideias, para facilitar a formação de conceitos. É bom concentrar-se no que a criança aprendeu e não na quantidade de trabalho escrito produzido.

Já que o aluno com problemas visuo-motores pode não conseguir escrever rapidamente e, portanto, deixar de anotar informações importantes, designe um colega de turma que utilize papel carbono para fazer cópias de anotações e de deveres de casa. Este colega deve ser um aluno confiável. Aja discretamente a fim de que a criança com a ST não se sinta ainda mais diferente.

Se a sua escola tem provas com sistema computadorizado de pontuação, permita que o aluno escreva na própria folha de prova. Esta medida evita notas baixas causadas pela confusão visual que pode ocorrer quando do preenchimento do cartão de respostas.

Dê, sempre que possível, tanto tempo quanto necessário para a execução de provas. Mais uma vez, avalie a necessidade de dar provas em outra sala, no sentido de evitar problemas como, por exemplo, distração para o resto da turma.

Aluno com problemas visuo-motores geralmente apresentam erros de ortografia. Não considere esses erros e o encoraje  a reler o texto produzido. Avalie a caligrafia baseando-se no esforço do aluno.

Alunos com ST apresentam dificuldades especiais para a execução de exercícios escritos de matemática e física. Eles podem ser auxiliados pelo uso de papel milimetrado com quadros grandes ou com papel pautado comum, colocado de lado, a fim de formar colunas para o cálculo. O professor também pode permitir o uso de calculadoras para cálculos simples.

Estas medidas podem representar a diferença entre um aluno motivado, bem-sucedido, e um aluno que se sente um fracasso, que começará a evitar as tarefas escolares por nunca conseguir bons resultados.

(continua abaixo)

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