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segunda-feira, 23 de abril de 2012
APENAS UMA REFLEXÃO
Incontrolável!!!
É assim que a maioria, senão todas as pessoas que têm síndrome de Tourette descrevem como é conviver com os tiques.
Aos olhos de quem observa, é angustiante perceber que um ser humano movimenta-se e emite sons que o fazem chegar ao seu limite de exaustão. Algumas vezes, quando os tiques começam, quanto mais se tenta controlar, mais fortes e insuportáveis eles são manifestados.
Quando adultos, há um "controle na falta de controle". Com o passar dos anos, com a educação e a repressão social, aprende-se a mascarar os tiques. Disfarçá-los. A cobrança do meio por uma postura correta impede que os tiques sejam expressos livremente, então, o corpo reage se tensionando, prendendo o tique e encouraçando a vontade.
Aí vem dores, muitas vezes insuportáveis, de nódulos de tensão. Horas de tanto fazer, horas por conter. E o que acontece, então, com quem não consegue ter esse pequeno "auto-controle" do disfarce?
Infelizmente, não são raros os casos de discriminação. Exclusão de vínculos de amizades, falta de oportunidade de emprego e vergonha de quem não tem como evitar a companhia de quem vive com tiques.
Felizmente, porém, há muitas pessoas boas que auxiliam, ajudam, apoiam e entendem que a pessoa não é a síndrome de Tourette, mas apenas a tem.
É inevitável que as pessoas que cercam alguém com tiques vivenciem também sentimentos e emoções difíceis de serem trabalhadas. Raramente, quem convive com alguém com síndrome de Tourette fica indiferente frente a esta problemática.
As reações mais encontradas são de superproteção ou rejeição. Os que lidam com maior normalidade ou que apoiam e auxiliam o portador são os que têm mais acesso ao conhecimento do que se trata e como se ameniza a síndrome.
Dentre outros fatores, este é o maior motivo pela importância da divulgação da síndrome. Tornar entendível aos leigos que quem tem tiques consegue lidar melhor com eles se for menos julgado, discriminado, satirizado e diferenciado.
Extraído do blog Psicologia Para Todos
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